De acordo com Secretaria da Mulher de Pernambuco, apesar da violência no Estado ter diminuído em virtude do programa Pacto pela Vida, o índice de feminicídio, que é a morte de mulheres por razão de gênero, aumentou significativamente nos dois últimos anos. Em meio a essa realidade, o município de Agrestina, no Agreste de Pernambuco, lançou um conjunto de estratégias para combater a violência doméstica e familiar. 

Agora, as mulheres do município vítimas de violência poderão contar com o apoio do Centro Especializado de Atendimento à Mulher Quitéria Celestino Pontes e da Patrulha Maria da Penha. O Centro da Mulher vai funcionar na sede da Secretaria de Políticas para as Mulheres, no centro da cidade, com assistência jurídica, social, psicológica e incentivo ao empreendedorismo. O papel do espaço é fazer o acolhimento a essas mulheres e junto com elas ajudar a romper esse ciclo de violência. Já a Patrulha Maria da Penha, através da Guarda Civil Municipal e da Polícia Militar de Agrestina, atuará reprimindo atos de violência praticados contra mulheres e acompanhando o cumprimento de medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha. 

A inauguração do Centro da Mulher e da Patrulha Maria da Penha foi realizada no dia 9 de dezembro, e reuniu na sede da Secretaria da Mulher de Agrestina, representantes dos poderes Executivo e Legislativo Municipal, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), da Vara Única da Comarca de Agrestina, do 4° Batalhão da Polícia Militar e da Secretaria da Mulher do Estado. Na ocasião, a secretária de Políticas Públicas para as Mulheres de Agrestina, Maria do Rosário, apresentou o índice de violência contra a mulher no município, um índice preocupante para uma cidade com cerca de 25 mil habitantes. 

De acordo com a Secretaria da Mulher do Estado e o MPPE, de 1° de janeiro a 31 de outubro deste ano, 74 mulheres foram vítimas de violência doméstica e familiar em Agrestina. Uma tentativa de feminicídio foi registrada e sete crimes sexuais. Para a diretora geral de Enfrentamento de Violência de Gênero em Pernambuco, Bianca Rocha, essa consciência deve partir primeiro dos gestores públicos. “É preciso lançar mão de todas as estratégias possíveis para evitar que a mulher morra por sua condição de ser mulher”, disse. 

A secretária da Mulher de Agrestina, Maria do Rosário, disse que o município fará um trabalho brilhante de enfrentamento à violência, e que pretende servir de referência para municípios vizinhos. O Juiz de Direito da Comarca de Agrestina, Dr° Cristiano Araujo, disse estar muito feliz em contar com esse apoio ao judiciário, tendo em vista que muitas mulheres, além de sofrer violência, são revitimizadas pela sociedade. Já o comandante do 4° Batalhão de Polícia Militar em Agrestina, Tenente Figueiredo, firmou o compromisso de participar de um novo tempo no município. “Nós, da polícia, abominamos e rechaçamos todo e qualquer tipo de violência contra a mulher, seja ela física ou psicológica”, enfatizou. O prefeito de Agrestina, Josué Mendes, garantiu que o Governo Municipal estará de portas abertas para apoiar a mulher. 

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