Com mais de 50 mil refeições servidas, a primeira Cozinha Comunitária serve 200 refeições por dia

A primeira cozinha Comunitária de Agrestina completou um ano de funcionamento na última semana. O espaço foi inaugurado em 21 de novembro de 2022 e, desde então, funciona de segunda a sexta, servindo 1 mil refeições por semana, divididas em 200 por dia. A refeição servida pela CC é o almoço, considerada a principal refeição do dia para os brasileiros, e é sempre composta por alimentos de alto valor nutricional como feijão, salada, carnes(proteínas), farofa, arroz, que também são os alimentos mais comuns no almoço da maioria dos brasileiros e, claro, dos agrestinenses.


O projeto Cozinha Comunitária já nasceu sendo mais uma iniciativa do município para o combater à fome, que, nos últimos anos, vinha sendo uma crescente no Brasil. Como nos diz o relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI)”, publicado em julho deste ano, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que confirmou a piora dos indicadores de fome e insegurança alimentar no Brasil. Em 2022, segundo o relatório, 70,3 milhões de pessoas estiveram em estado de insegurança alimentar moderada, que é quando possuem dificuldade para se alimentar. O levantamento também aponta que 21,1 milhões de pessoas no país passaram por insegurança alimentar grave, caracterizado por estado de fome. O cenário é preocupante, pois mostra que 1/3 dos brasileiros tem a falta de alimentos como um perigo que ronda diariamente, e que 10% dos brasileiros passam fome. Desta forma, se conclui que o Brasil, que havia saído do Mapa da Fome em 2014-2015, volta a figurar no “mapa da fome no mundo”, pois, segundo o relatório, a partir de 2016, os índices só pioraram provocando o retorno em 2022, com a situação ainda mais agravada.


Localizada em uma das áreas mais carentes da cidade de Agrestina, na COHAB, a CC recebe usuários cadastrados pelo CRAS, que é o Centro de Referência em Assistência Social e faz a triagem e identificação das famílias que se encontram a situação de vulnerabilidade alimentar e nutricional. Assim, as refeições são direcionadas justamente para quem mais precisa.


De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento e Direitos da Cidadania de Agrestina, a pasta responsável pela implantação e manutenção da cozinha comunitária, existe um monitoramento constante para garantir o acesso as refeições para as pessoas mais carentes. Ainda de acordo com a Pasta, quando uma família sai da linha vulnerabilidade alimentar, ela também sai do cadastro da cozinha e dá o lugar para outra família que se encontre mais vulnerável.


O serviço tem rendido tantos frutos que, na ocasião de comemoração do primeiro ano da cozinha comunitária, nessa quinta-feira(23), foi anunciada a chegada da segunda Cozinha Comunitária de Agrestina, que será implantada em uma outra área de maior vulnerabilidade da cidade.

Fotos: Adriano Monteiro/Decom

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