“É de fundamental importância que sejam ministradas capacitações como essa. Os visitadores do Programa Criança Feliz precisam estar cientes de questões como autismo, pois, caso eles identifiquem esse tipo de demanda durante as visitações, eles saberão para onde encaminhar”, disse o supervisor do programa em Agrestina, Walison Silva, após a realização de uma capacitação para seus profissionais na manhã de ontem, dia 20.

A capacitação foi realizada no auditório do Centro do Idoso. O conhecimento, conduzido por uma psicóloga, tratou de questões acerca do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Temas como tratamento, como identificar os sinais, importância do diagnóstico precoce e processo de aceitação das famílias foram discutidos.

O autismo é um transtorno no desenvolvimento neurológico que pode ter causas hereditárias (genes) ou pode ser desenvolvido por fatores externos, como bactérias, poluição, entre outros. Uma a cada 60 crianças no mundo apresenta Espectro Autista. O autismo pode se manifestar de forma leve, moderada ou em alto grau. Os sintomas podem variar de acordo com esses níveis. A criança com TEA pode apresentar sinais como: dificuldade de comunicação; comportamentos repetitivos; falta de contato visual, sensibilidade a barulho; choro; hiperatividade e irritabilidade, além de alto nível de inteligência; interesses restritos; e facilidade de aprendizagem de outras línguas. 

O Espectro Autista NÃO É DOENÇA e não deve ser encarado como um tabu. Ele é apenas uma condição de desenvolvimento do cérebro que faz com que as crianças tenham uma forma diferente de se perceber e de socializar no mundo. O tabu acaba prejudicando o processo de aceitação das famílias, principalmente em famílias de pouca instrução, e por sua vez, adiando o tratamento precoce. O objetivo da capacitação é fazer com que os profissionais saibam identificar os sinais e ajudem às famílias nesse processo, especialmente em lares com pouca ou nenhuma informação. 

Para a visitadora do Criança Feliz, Fernanda Tyelle, receber esse tipo de conhecimento foi muito importante para o trabalho que é realizado no município. “É de fundamental importância essa capacitação sobre autismo para nós enquanto visitadores, porque durante  o dia a dia, em nossas visitas domiciliares, podemos lidar com situações a qual saberemos agir diante delas”, disse. 

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